Séc. XVIII
Construída no século XVIII, com o nome de Santa Maria do Lago, a capela foi muito modificada em 1930. Trata-se de uma construção simples e de inspiração neoclássica.
A fachada principal apresenta um frontal simples, numa moldura vertical de empenas em cantaria lisa rematada por uma cornija em duas águas que é coroada, ao centro, por cruz suportada em acrotério e, nas laterais, por jarrões pétreos. A fachada principal apresenta um pórtico retangular liso, com pequeno óculo circular encimado com imagem, em azulejo, da padroeira, Nossa Senhora da Barca do Lago.
A sacristia é adossada à fachada norte pelo interior. A capela é preservada pela Irmandade de Nossa Senhora do Lago, remontando ao século XVIII, servindo o importante caminho de peregrinação a Santiago de Compostela.
Inverno: domingo, 12h00-19h00.
Verão: todos os dias, 09h00-18h00.
Festividade de 1º domingo de agosto, das 09h00-18h00.
Senhora do Lago
A Padroeira da Capela é Santa Maria ou Senhora do Lago. Tratando-se da Mãe de Jesus, com tantas invocações conhecidas ou títulos atribuídos, destaca-se esta invocação de Senhora do Lago, ao relacionar a padroeira com o local onde se situa a capela. Aqui presente desde a Idade Média, como as Inquirições do séc. XIII já mostram, a localização da Capela da Barca do Lago justifica a invocação de Maria, protetora dos caminheiros e viajantes que neste local transpunham o rio Cávado, em barcas ‘por amor de Deus’, ou dos peregrinos a Santiago apóstolo, numa das rotas mais frequentadas para seguir do Porto para Santiago de Compostela.
A diversidade de títulos e invocações da Virgem Maria tem aqui um geotopónimo a acrescentar. A Senhora do Lago foi sempre venerada e celebrada em romarias pelas comunidades vizinhas e, principalmente, pela comunidade dos pescadores. A Festa da Senhora do Lago foi célebre e narrada em lendas e poesia que são hoje um património cultural de Esposende.
Lenda da Senhora do Lago, na Barca do Lago
A origem da imagem da Senhora do Lago está envolta em narrativas lendárias. Segundo a tradição, no século XIII, atarefados andavam os pescadores no rio Cávado em sua faina de pesca, quando, para sua surpresa, aparece nas redes não o peixe esperado, mas uma imagem de Nossa Senhora. O acontecimento deixou todos maravilhados e viram nele a mão de Deus. Muitas outras imagens miraculosas e lendárias assim surgiram para devoção dos fiéis cristãos. Não sabiam como invocar aquela representação da Mãe de Cristo, mas lembraram-se de lhe dar um nome apropriado ao local onde foi encontrada, passando a chamar-lhe Nossa Senhora do Lago.
O feito extraordinário e a condição miraculosa da imagem levou a que muitos quisessem ter acesso a Nossa Senhora do Lago. Não podendo, assim, ficar na casa daquele que a guardava, decidiram construir uma capela para a recolher e proporcionar a todos um lugar onde celebrassem o culto à Virgem. É então que surge a capela na margem direita do rio Cávado, a capela de Nossa Senhora do Lago, na Barca do Lago. São muitos os benfeitores, desde fidalgos honrados, ao povo simples, onde se destacavam os pescadores. Não podia haver melhor sítio, pois por ali passava a via que ligava, pela costa, as cidades e terras da margem sul às do norte; por ali passava o caminho dos peregrinos a Santiago. Construiu-se um abrigo para os peregrinos, junto à capela e a passagem do rio passou a ter outro sentido: o da fraternidade e da ajuda.
Diz a tradição que, a partir do momento em que se afirmou a devoção à Senhora do Lago, todos os que invocavam o seu nome faziam a travessia do rio na barca de passagem sem a pagar. “Passar por Deus”, invocando a Virgem, era razão para o barqueiro não cobrar qualquer valor. Para que esta tradição se mantivesse, a barca fosse mantida e os barqueiros não ficassem privados do seu sustento, a vizinhança e os romeiros passaram a contribuir com alimentos e outros bens.
De tal forma esta invocação da Senhora do Lago se transformou numa das mais queridas da região, que permaneceu até hoje a ligação da Senhora do Lago aos homens do rio e do mar, assim como a todos os romeiros em demanda de Santiago de Compostela. Célebres ficaram as festas em honra da Senhora do Lago, onde os pescadores, entre muitas ofertas, deixam seus remos, em louvor e súplica à Virgem da imagem milagrosa.
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